Plano de Jogo
Depois de escolhida a formação, chegamos ao passo mais importante do desenho táctico. A construção do plano de jogo. Para esta fase é necessário algum conhecimento futebolístico e pensar o futebol fora do Football Manager. O plano de jogo consiste na definição dos 4 momentos do jogo: ataque, defesa, transição ofensiva e transição defensiva.
Para criar um plano de jogo equilibrado temos de ter em conta os atributos dos jogadores. Como eu estou a treinar o Barcelona, já tenho um bom conhecimento sobre os jogadores, mas dar uma espreitadela aos atributos pode sempre ajudar a descobrir novas soluções.
Na imagem está esquematizado o plano ofensivo. Aqui temos de pensar qual serão as nossas principais armas no ataque e as formas mais efectivas de chegar à baliza. Quando se planeia a construção táctica de uma equipa há que ter em conta o trabalho realizado pelo treinador anterior. Embora este conceito no Football Manager pareça estranho, ele existe.
Quando vocês tomam conta de um clube têm de perceber que os jogadores estão habituados a jogar num determinado sistema, e que vão demorar algum tempo a habituarem-se a qualquer alteração drástica. Quer seja a alteração do sistema táctico quer seja a chegada de muitos jogadores novos, os jogadores precisam de um período de adaptação que pode ser relativamente longo, e custar alguns pontos preciosos.
Assim, escolhi manter grande parte do plano de jogo habitual do Barcelona. A bola sai do guarda-redes curta para Pique (nº2), que inicia a construção ofensiva. Xavi (nº7) desce ao pé dos centrais para recolher a bola. A partir do momento em que Xavi tem a bola, é ele que vai decidir o desenvolvimento da jogada. É importante garantir que ele tem sempre várias opções de passe, para poder decidir bem e evitar perder a bola numa zona perigosa. Com esta configuração, Xavi tem sempre quatro opções de passe: coloca a bola em Iniesta (nº8) para uma fase mais avançada da construção; passa para Ibrahimovic (nº9), que joga de costas para a baliza, permitindo as diagonais de Messi e Henry; rasga a defesa com passes para as diagonais de Messi (nº11); ou abre na ala direita para a entrada de Dani Alves (nº4).
Nesta imagem está o plano de jogo defensivo. Aqui aproveitamos o facto do 3-4-3 que aplicámos ser uma evolução do 4-3-3 do Barcelona (ou 4-1-2-2-1, como lhe queiram chamar). Dani Alves (nº4) desce para formar a linha de quatro defesas, tal como os extremos. Desta forma, a equipa assume um 4-1-4-1, quando não tem a posse de bola. Esta é uma das melhores formas de defender o sistema mais comum no campeonato espanhol, o 4-2-3-1. Como podem ver na imagem, todas as principais ameaças do 4-2-3-1 são anuladas pelo 4-1-4-1.
No entanto não nos podemos esquecer dos momentos de transição. A transição ofensiva é assegurada pelo posicionamento do trio ofensivo, que está sempre bem colocado para lançar um ataque rápido. A transição defensiva é o momento do jogo que mais me preocupa no 3-4-3. Não nos pudemos esquecer que quando perdermos a bola, o Dani Alves vai estar muito avançado no terreno, e poderá não chegar a tempo de formar a defesa a quatro.
O trio defensivo pode ficar muito desprotegido e ser obrigado a alargar, deixando demasiado espaço entre os defesas. Outro problema que me preocupa defensivamente é o espaço deixado por Abidal (nº5) na esquerda. Com Abidal a flectir para o meio, o extremo direito do adversário tem espaço suficiente para causar estragos. Uma solução será tirar Dani Alves e colocar Maxwell como ala esquerdo, contra equipas que joguem predominantemente pela direita.
No entanto, a solução para todos os nossos problemas defensivos está no ataque. Temos que garantir um grande domínio da posse de bola, para assim a equipa não ser exposta defensivamente.
O próximo passo será o mais complicado para alguns: passar para o Football Manager o nosso plano de jogo. Na minha opinião, o Criador de Tácticas veio ajudar muito nesta tarefa. Com a introdução dos papéis que cada jogador tem de desempenhar dentro do campo, o Football Manager deixou de ser um jogo tipo “Arcade”, em que ganhava quem soubesse enganar o motor de jogo, para passar a ser um verdadeiro simulador, onde ganha quem souber mais sobre futebol.
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Para criar um plano de jogo equilibrado temos de ter em conta os atributos dos jogadores. Como eu estou a treinar o Barcelona, já tenho um bom conhecimento sobre os jogadores, mas dar uma espreitadela aos atributos pode sempre ajudar a descobrir novas soluções.
Na imagem está esquematizado o plano ofensivo. Aqui temos de pensar qual serão as nossas principais armas no ataque e as formas mais efectivas de chegar à baliza. Quando se planeia a construção táctica de uma equipa há que ter em conta o trabalho realizado pelo treinador anterior. Embora este conceito no Football Manager pareça estranho, ele existe.
Quando vocês tomam conta de um clube têm de perceber que os jogadores estão habituados a jogar num determinado sistema, e que vão demorar algum tempo a habituarem-se a qualquer alteração drástica. Quer seja a alteração do sistema táctico quer seja a chegada de muitos jogadores novos, os jogadores precisam de um período de adaptação que pode ser relativamente longo, e custar alguns pontos preciosos.
Assim, escolhi manter grande parte do plano de jogo habitual do Barcelona. A bola sai do guarda-redes curta para Pique (nº2), que inicia a construção ofensiva. Xavi (nº7) desce ao pé dos centrais para recolher a bola. A partir do momento em que Xavi tem a bola, é ele que vai decidir o desenvolvimento da jogada. É importante garantir que ele tem sempre várias opções de passe, para poder decidir bem e evitar perder a bola numa zona perigosa. Com esta configuração, Xavi tem sempre quatro opções de passe: coloca a bola em Iniesta (nº8) para uma fase mais avançada da construção; passa para Ibrahimovic (nº9), que joga de costas para a baliza, permitindo as diagonais de Messi e Henry; rasga a defesa com passes para as diagonais de Messi (nº11); ou abre na ala direita para a entrada de Dani Alves (nº4).
Nesta imagem está o plano de jogo defensivo. Aqui aproveitamos o facto do 3-4-3 que aplicámos ser uma evolução do 4-3-3 do Barcelona (ou 4-1-2-2-1, como lhe queiram chamar). Dani Alves (nº4) desce para formar a linha de quatro defesas, tal como os extremos. Desta forma, a equipa assume um 4-1-4-1, quando não tem a posse de bola. Esta é uma das melhores formas de defender o sistema mais comum no campeonato espanhol, o 4-2-3-1. Como podem ver na imagem, todas as principais ameaças do 4-2-3-1 são anuladas pelo 4-1-4-1.
No entanto não nos podemos esquecer dos momentos de transição. A transição ofensiva é assegurada pelo posicionamento do trio ofensivo, que está sempre bem colocado para lançar um ataque rápido. A transição defensiva é o momento do jogo que mais me preocupa no 3-4-3. Não nos pudemos esquecer que quando perdermos a bola, o Dani Alves vai estar muito avançado no terreno, e poderá não chegar a tempo de formar a defesa a quatro.
O trio defensivo pode ficar muito desprotegido e ser obrigado a alargar, deixando demasiado espaço entre os defesas. Outro problema que me preocupa defensivamente é o espaço deixado por Abidal (nº5) na esquerda. Com Abidal a flectir para o meio, o extremo direito do adversário tem espaço suficiente para causar estragos. Uma solução será tirar Dani Alves e colocar Maxwell como ala esquerdo, contra equipas que joguem predominantemente pela direita.
No entanto, a solução para todos os nossos problemas defensivos está no ataque. Temos que garantir um grande domínio da posse de bola, para assim a equipa não ser exposta defensivamente.
O próximo passo será o mais complicado para alguns: passar para o Football Manager o nosso plano de jogo. Na minha opinião, o Criador de Tácticas veio ajudar muito nesta tarefa. Com a introdução dos papéis que cada jogador tem de desempenhar dentro do campo, o Football Manager deixou de ser um jogo tipo “Arcade”, em que ganhava quem soubesse enganar o motor de jogo, para passar a ser um verdadeiro simulador, onde ganha quem souber mais sobre futebol.